segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Balanço da IV Volta de Blanco


Terminou ontem mais uma Volta, a 4ª de David Blanco. E se algo é comum a todas as Voltas por si vencidas, é que foi o melhor ciclista. Umas com mais concorrência, outras com menos, umas com mais montanha, outras com menos, umas ganhas a subir, outras no contra-relógio… mas foi o melhor em todas elas. Por isso há pouco a dizer quanto à sua vitória.
A Palmeiras Resort-Tavira apostou (quase) tudo no Blanco e, por isso, acaba a Volta com balanço altamente positivo. Faltou apenas o Cândido ganhar uma etapa na estrada.
A segunda melhor equipa foi a Barbot-Siper, que venceu quatro etapas, a camisola branca, a classificação colectiva e teve o 2º classificado na geral. Embora alguns ciclistas tenham estado abaixo das expectativas, outros fizeram uma grande prova. A outra equipa portuguesa com sinal positivo foi a LA-Rota dos Móveis. Como o Hernâni Brôco se tornou o melhor português desde a Srª da Graça, a equipa teve esse destaque com o qual não contava. Tal como na Barbot, alguns ciclistas desiludiram (claro que não estou a falar do Mendes, que estava em recuperação).
Entre as estrangeiras, as melhores foram a Saur-Sojasun e a Caja Rural. Ambas venceram duas etapas (para a Saur seriam três se não fosse a desclassificação patética no último dia) e tiveram a camisola amarela, a equipa francesa por um dia e a espanhola por dois dias. A Caja Rural teve um destaque muito bom quase todos os dias, sobretudo graças à excelente prestação do Chuzhda, que poderia ter vencido a classificação da montanha se a etapa da Torre não fosse afectada pelos incêndios ou se a Madeinox não corresse ao estilo “nós não ganhamos, vocês também não”. Só por isso se entende tamanho esforço para roubar pontos ao ucraniano quando já não tinham hipóteses de lutar por esta classificação. E por falar nesta equipa, foi das portuguesas com balanço negativo, a par de Loulé. No caso do Boavista, excepção para o João Benta e o Petrov nalgumas etapas e para a camisola da juventude no Vilela durante tantos dias. No caso do Loulé só o Daniel Silva foi mesmo excepção e, mesmo assim, nem uma nem outra formação conseguiu colocar alguém nos dez primeiros da geral.
Quanto à ISD, à Carmiooro e à Xacobeo, bem tentaram várias vezes mas sem conseguir alcançar algo palpável. De qualquer forma, foram equipas que animaram a prova. A Amore & Vita também ainda animou algumas etapas mas nada de mais, e a Lampre, a Andalucia e a Bbox nada fizeram que merecesse nota, embora a Lampre levasse a camisola da juventude.
Por fim, as duas equipas jovens. Da Rabobank sub-23 eu esperava mais, mas, vendo bem, era difícil pedir mais a ciclistas tão jovens e, ainda por cima, tão longe de estarem habituados a estas temperaturas. Por parte da selecção portuguesa, tudo o que viesse era lucro. Cinco deles são jovens talentosos (uns mais do que outros, claro) que estavam lá para ganhar experiência e os outros quatro são elites que não conseguiram chegar a profissionais por alguma razão.
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No dia 15 (quando acabou a Volta) fecharam os rankings de apuramento para os Mundiais. Portugal levará 6 ciclistas elites, o que é uma vitória tendo em conta que apenas foram 3 no ano passado. Nos sub-23, 5 já são certos e poderá haver mais uma vaga dependendo da Volta a França do Futuro, embora não seja de contar com ela.
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Houve 28 candidaturas para equipas continentais profissionais. Será alguma portuguesa? Os de Paredes dizem que querem.

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