sábado, 25 de junho de 2011

5 Jovens a seguir no Tour

Mollema foi dos mais duros na Volta à Suíça
Alberto Contador, Andy Schleck, Mark Cavendish, Alessandro Petacchi, Ivan Basso ou Cadel Evans, são nomes que toda a gente já se acostumou a ouvir falar durante a Volta a França e já sabe o que deles esperar (apesar de nem sempre corresponderem às expectativas).

Este artigo não é para falar desses nomes habituais. Vamos sim falar de cinco jovens à procura de se afirmarem na mais mediática das provas, incluindo três estreantes. Com maior ou menor liberdade, todos têm pernas para dar nas vistas.


Rigoberto Urán (26/01/1987)

Professional desde 2006, ainda antes de completar os 19 anos, desde cedo se habituou a estar em provas de grande nível, maior do que a sua idade recomendava, primeiro com as cores da Unibet e depois da Caisse d’Epargne. Muito bom trepador e contra-relogista, o colombiano mudou-se este ano para a Sky para ter mais liberdade. No Tour, o líder é Bradley Wiggins, até porque é britânico como a equipa, mas Urán também terá um papel de destaque a assumir. Em princípio, será o braço-direito de Wiggins mas se este falhar o jovem deverá ter liberdade para continuar e procurar o melhor lugar possível. Apesar de ainda estar a alguma distância de Robert Gesink, Rigoberto Urán é dos que maior concorrência poderá oferecer na luta pela classificação da juventude.

Rein Taaramäe (24/04/1987)

Taaramäe vem da Estónia como Jaan Kirsipuu, essa lenda viva que participou em 12 Voltas a França, venceu 4 etapas, andou 6 dias de camisola amarela mas o mais longe que chegou foi à 12ª etapa (perto de completar 42 anos, ainda corre). Taaramäe é completamente diferente, trepador, contra-relogista e com uma garra que se vê no rosto. Quando começa a sofrer, cerra os dentes e segue montanha a cima, como no último Paris-Nice, em que foi 4º. Será o líder da Cofidis e é preciso contar com ele para a luta pelo top-10. Tal como Urán, poderá ser dos maiores rivais de Gesink para a camisola branca, se o holandês tiver algum momento de quebra.

Bauke Mollema (26/11/1986)

Vencedor da Volta a França do Futuro 2007, estrear-se-á agora no Tour dos crescidos. Depois de ser 12º no Giro de 2010, com muita qualidade e consistência nas etapas de montanha, este ano apontou ao Tour e melhorou consideravelmente no contra-relógio. Robert Gesink será o único líder da Rabobank, segundo os responsáveis da equipa, mas Mollema tem tudo para se evidenciar durante a prova, nem que seja como um grande escudeiro, e mostrar mais uma vez que merece e pode assumir o papel de líder numa grande volta, seja na próxima Vuelta ou apenas no próximo ano. Com Luis León Sánchez e Laurens Ten Dam, não será de admirar que as montanhas do Tour contem com forte componente laranja no grupo da frente.

Denis Galimzyanov (07/03/1987)

Este é outro estreante no Tour, que no ano passado já esteve na Vuelta a España e deu boa conta de si naquela que é a sua especialidade: o sprint. Este ano tem mostrado ainda mais qualidade, por todas as provas por onde tem passado. Chega ao Tour com duas vitórias e como spritner da Katusha. Sobre ele, não se sabe muito, porque como muitos outros russos do pelotão, só fala russo e os jornalistas não o entendem. De qualquer forma, se estiver na sua melhor forma, pode andar nos primeiros lugares das chegadas em pelotão, e em quase todas elas porque faz da regularidade uma das suas características. Chegar a Paris é que parece tarefa impossível, porque tem sérios problemas com a montanha.

Ben Swift (05/11/1987) 

Outro sprinter que se estreia no Tour, com um Giro de experiência (2009) e uma desistência na Vuelta 2010 por intoxicação alimentar. Esta temporada tem sido excepcional para o jovem de apenas 23 anos que venceu por duas vezes no Tour Down Under, uma em Castela e Leão, outra na Romandia e mais recentemente na Califórnia. Mais do que um ciclista para andar nos primeiros lugares das etapas planas, é preciso contar com ele para um possível triunfo. Não é tão favorito para isso como o seu compatriota Cavendish, mas há que contar com ele.

*****
Dos campeonatos portugueses falarei para a semana, depois de terminadas todas as provas, mas para já, uma referência aos espanhóis: Alberto Contador foi terceiro a 1.12 de Luis León Sánchez, o vencedor, com Jonathan Castroviejo pelo meio. Como ainda não tinha corrido desde o Giro, fazia falta um indicador para o Tour que começa dentro de uma semana e este não foi positivo. De qualquer forma, sendo as primeiras etapas do Tour planas, poderá aproveita-las para ganhar ritmo… se precisar.

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