terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

6 corredores por equipa?

Um dia de Tour pode marcar a temporada
A UCI escolheu as 18 equipas World Tour para 2013 e de fora deixou a Katusha, que recorreu da decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto. A UCI viu a sua decisão inicial contrariada e foi forçada a aceitar a equipa russa no World Tour, alargando o escalão máximo do ciclismo internacional para 19 formação, mais uma do que o previsto. Algumas provas que já tinham atribuido os seus convites ficam agora com uma equipa a mas do que o permitido. Qual a solução? Equipas de menos corredores?

De há muitos anos a esta parte, quase todas as provas são disputadas por equipas de oito corredores, com exceção do Tour, Giro, Vuelta, provas de seleções, Volta a Portugal e possivelmente mais algum caso que desconheço.

A UCI prepara-se para este ano experimentar corridas World Tour de seis ciclistas - em princípio a Volta à Polónia e o Eneco Tour - e a inclusão forçada da Katusha no WT vem relançar este debate que já aqui foi abordado ainda que então de forma muito superficial.

Não é fácil compreender o que está por detrás das tomadas de posição desta direção da UCI, tantas vezes incompreensíveis, mas a redução do número de ciclistas por equipa nas grandes voltas e até mesmo nas restantes provas World Tour tem uma enorme vantagem associada: mais equipas continentais profissionais em destaque.

A redução para seis ciclistas parece-me de todo exagerada, levando a que as equipas perdessem o sentido de conjunto e as corridas fossem muito mais desorganizadas (ou abertas, dirão os diretores desportivos das equipas que apostam na surpresa). Para além disso, as provas menos importantes ficaram com pelotões muito desfalcados. Por exemplo, se o limite passasse de 9 para 6 ciclistas na Volta a Portugal, a última edição que teve um pelotão de 149 ciclistas à partida ficaria apenas com 102... muito pouco.

Este raciocínio não só é válido para a Volta a Portugal como é válido para todas as provas desde Março até final de Setembro, período em que a sobreposição de provas é muito intensa. E não se pense que o novo limite permitiria que cada equipa disputasse mais provas em simultâneo, pois para isso seriam necessários mais diretores desportivos, mais massagistas, mas mecânicos, mais carros de apoios e outros encargos que inviabilizavam esse aumento de calendário para cada formação. Uma equipa de 18 corredores passava a ter ciclistas para estar em três provas em vez de duas, mas sem staff para os acompanhar. Como disse, a redução para seis ciclistas parece-me inviável de ser aplicada a um nível global.

E ainda que até a redução de 8 para 7 ciclistas nas restantes provas World Tour me coloque algumas dúvidas, sobre a redução das três grandes voltas de 9 para 8 tenho uma opinião muito favorável. Em vez de quatro wildcards para atribuir, passariam a ser até sete, um aumento de nove convites no total das três grandes. Tour, Giro e Vuelta ficariam com as portas abertas a mais equipas, que assim teriam acesso às maiores montras para atrair patrocinadores. Aumentando o número de wildcards disponíveis, as equipas não necessitariam de ser tão fortes (nem ter orçamentos tão elevados) para aceder a essas provas, o que incentivaria alguns patrocinadores a fazer um esforço para subir as suas equipas continentais a continentais profissionais. E isto não aconteceria apenas a equipas italianas, francesas e espanholas mas também a equipas fronteiriças como as portuguesas em relação à Vuelta.

Respondendo à questão inicial, não parece que a organização do Giro reduza o número de efetivos por equipa tão próximo da prova mas para 2014, quem sabe?

3 comentários:

  1. Ciclisticamente falando,6 ciclistas é demasiado pouco.Por exemplo numa prova de 200 kms com possivel chegada ao sprint mas com varias colina pelo meio ou mesmo montanha,muma equipa com 6 ciclistas tiramos o sprinter o lider (ou 2 que há quem use essa estratégia)restam 3/4 gregários...Não será nada facil controlar uma corrida, em provas de uma semana haverá certamente surpresas, na minha opinião 7 ciclistas seria bom, mas 6 penso que é um nº baixo, se alguma equipa tiver o azar de algum ciclista ter uma queda no principio da semana e se precisar de controlar a corrida não será nada mas nada fácil...

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  2. Reduzir até certo ponto, e em certas provas tudo bem, agora seis corredores nas garndes voltas,não...e mesmo na maioria, oito corredores nas grandes aí até me parece bem, se bem que na volta a portugal oi corredores seria para termos um pelotão mais pequeno, uma vez que não seria facil (digo eu) é organização trazer mais duas ou tres equipas minimamente de jeito para completar os lugares deixados vagos, agora seis??? Só mesmo em meia duzia de provas, e porque sim!

    Cumprimentos

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  3. Sou contra a redução para 6 ciclistas...e muito menos em provas de 3 semanas ou mesmo na Volta a Portugal..a única vantagem de termos 6 ciclistas era o facto de a corrida se tornar mais aberta porque seria muito mais difícil controlar uma etapa do início ao fim mas epenas isso..portanto 6 ciclistas não.

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