segunda-feira, 15 de julho de 2013

Boletim de Transferências 2014: I

Uran troca a Sky pela Omega Pharma
A época oficial de transferências apenas arranca a 1 de agosto e até lá os ciclistas e equipas não estão autorizados a anunciar as suas mudanças e contratações, mas as negociações há muito que começaram e os rumores estão aí, bem como algumas renovações. Por isso mesmo, e aproveitando o descanso do Tour, é hoje apresentada a rubrica Boletim de Transferências 2014, na qual se falará das novidades para 2014. Não será todas as semanas nem haverá periodicidade definida, mas haverá algumas edições e a primeira é já hoje.

O mercado começou a mexer de forma mais intensa quando a Radioshack anunciou que não contava com Frank Schleck para o que resta desta temporada e especialmente para a Vuelta, onde o luxemburguês ainda poderia fazer algo interessante. Isso pensou a Astana, que viu nele um bom reforço para ajudar Vincenzo Nibali no ataque a uma prova que o italiano já venceu em 2010.

A resolução da questão não é tão fácil porque Andy Schleck também é uma variável da função. O contrato do irmão mais novo termina no final deste ano e a Trek pretende reduzir o seu vencimento para cerca de um terço, pois não há certezas de que volte ao nível de 2010, quando deixou a Saxo Bank e assinou o contrato que ainda vigora. Até final de 2011 o luxemburguês era um ciclista muito apetecível para atacar o Tour, mas entretanto perdeu valor no mercado. Dos cerca de dois milhões de euros anuais que recebe atualmente passaria para algo como 700.000. Tem até meio desta semana para aceitar o recusar a proposta e depois da desilusão do Mont Ventoux não tem grandes argumentos a seu favor. Ou aceita a redução ou muda de ares. A Astana poderá ser então o destino dos irmãos, um já em agosto, outro a partir da próxima temporada.

Praticamente certa é ida de Rigoberto Urán para a Omega Pharma-Quick Step. O diretor geral da equipa belga admitiu que há um acordo verbal e na Sky já admitiram que o colombiano vai sair. Não é por falta de interesse, mas sim porque não há espaço para todos na formação britânica. 2014 já está a ser preparado, Chris Froome continuará a ser a aposta para o Tour mas Richie Porte, Sergio Henao e Rigoberto Uran já merecem ser mais do que equipiers de luxo. Os dois primeiros renovaram os seus contratos, Porte poderá ser líder no Giro ou na Vuelta do próximo ano e Henao poderá ser líder na outra grande volta ou estrear-se no Tour como braço-direito de Froome.

Também devem entrar na Omega Pharma-Quick Step Mark Renshaw e... Alessandro Petacchi. A contratação de Ale Jet não foi autorizada em Maio mas nada impede que aconteça para o próximo ano e Patrick Lefevere também já admitiu um acordo verbal com o italiano. Relativamente a Mark Renshaw, será o regresso à companhia de Cavendish. Peça importante no comboio de Cavendish entre 2009 e 2011, capaz de defender o seu líder até à cabeçada se necessário fosse, Renshaw tentou afirmar-se por sua conta na Rabobank/Blanco/Belkin mas não o conseguiu, em parte devido a quedas e lesões. Com esta mudança voltará a um trabalho que tão bem conhece e no qual é tão bem sucedido, colmatando uma falha da qual Cavendish já se lamentou várias vezes.

A Katusha, outra das equipas ricas da atualidade, renovou o contrato de Alexander Kristoff, norueguês que está a fazer uma temporada de excelente nível. Renovou por duas épocas com um salário anual de 700.000 euros.

Quanto a jovens promessas, a Garmin garantiu o campeão olímpico de Omnium Lasse Norman Hansen e Dylan Van Baarle, que este ano já venceu duas das mais prestigiadas provas por etapas destinadas a ciclistas sub-23. E a BMC fechou acordo com Rick Zabel, filho de Erik.

De França chegam boas notícias. A empresa Ag2r renovou o seu contrato de patrocínio por três temporadas e a Europcar por duas, sem que tenha a intenção se ascender ao World Tour.

20 comentários:

  1. O Tiago Machado também deve estar de saída.
    Espero que vá para uma equipa onde saibam tirar partido do seu talento, o que para ser sincero é difícil de acontecer porque nao ha assim tantas e penso que não estão interessadas nele apesar do seu potencial. As equipas perfeitas penso que seriam sky, garmin e talvez a movistar.

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  2. Em primeiro lugar gostaria de enaltecer este belo blog, aqui fala-se de ciclismo. Em relação ao Andy tenho pena que o tour lhe esteja a sair tão mal, talvez uma BMC com o Tejay fosse o ideal apara ele. Enquanto ao Tiago Machado era bom que ficasse numa equipa com o Rui, faziam um belo duque e se tivessem sucesso os dois juntos podia ser que os empresários portugueses abrissem os olhos e aparece uma equipa portuguesa para o protour.

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    1. Vai aparecer uma equipa portuguesa continental profissional para o ano (se tudo correr bem) e o Tiago pode transitar para lá se ele quiser. Aposto que serai bem vindo e um dos líderes em provas por etapas.

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    2. Uma equipa que está a ser criada pelo empresário Carlos Sousa. Licença portuguesa com sede na Bélgica e staff português

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  3. É compreensível a saída do Andy,a sua forma caiu bastante,desde há dois anos para cá que tudo tem saído mal a este atleta.
    Gostava de saber o futuro do Cadel Evans,admiro bastante este ciclista, e claro, será que o nosso rui renova? será que está de saída para outra grande equipa?....fogo, gostava de o ver na Sky,sei que aí seria quase impossível ser líder, mas mesmo assim é um prestigio......

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    1. Ele nunca iria para a Sky. Ser logo o 1º a morrer na praia com a qualidade que tem? Se não renovar deve ir para uma Orica

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  4. Obrigado pelos comentários.

    Telmo, não há equipas perfeitas para um ciclista. Numas não têm liberdade, noutras não têm apoio, noutras recebem menos, que é um fator muito importante mas muito esquecido pelos adeptos. A não ser que se seja Froome, Contador, Nibali, Cavendish, Cancellara, etc, etc. Apenas aqueles que são os melhores nas suas especialidades conseguem ter liberdade, apoio e bons salários.

    Nuno Miguel, vai mesmo aparecer uma equipa continental portuguesa? Será?

    Cumprimentos a todos!

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  5. Sim Rui é o que se comenta por aí...se bem que já sabemos como estas coisas funcionam.

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    1. Sim, eu sei que "é o que se comenta por aí" mas mantenho a minha questão. Vai mesmo aparecer uma equipa portuguesa continental profissional? Será que vai? Porque têm tanta certeza? Nos últimos anos já tanta coisa "se comentou por aí"...

      Cumprimentos

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    2. Rui eu digo o que se comenta e pelo que ouvi do homem na Eurosport ele parece confiante. O problema é que a equipa pode só correr em 2015 se ele não tiver tudo pronto antes de Setembro. Espero que o faça e comece a correr já em 2014. O orçamente é de 5M por isso não é nada mau.

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  6. Aqui concordo plenamente com o Rui.

    Parece-me demasiado bom para ser verdade. Infelizmente já tantas vezes nos foram dadas esperanças deste tipo (quem se lembra da liberty em 2010/2011?) que eventualmente acabaram em desilusão, que eu agora espero sempre o pior.

    Com um orçamento de 5M quase que poderiam contratar o Rui Costa =/

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    1. O Rui não deve ir infelizmente (se a equipa for criada) pode é ir o Tiago que se quiser também faz grandes resultados. Para o Rui ir para esta tal equipa teria de tar garantido pelo menos 2 provas WT mais um GT

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    2. Logicamente o Rui nunca iria assinar pela equipa pois ficaria completamente afastado das melhores corridas.

      O que eu queria dizer era que o orçamento de 5M é só mais uma prova que isto é tudo demasiado bom para ser verdade.

      Além disso 5M para ter o Tiago Machado como lider é ridiculo tendo em conta que o Tiago tem estado muito abaixo das expectativas desde o Giro di Trentino de 2011.

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    3. O patrocinador é do Oriente por isso há dinheiro :P

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  7. Isso da equipa potuguesa é tudo paleio fiado... (infelizmente) acreditem.

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  8. Obrigado pelos comentários.

    Parrulo, para mim a questão não é o "ser demasiado bom para ser verdade", mas a forma como é apresentado. Quando se tem um patrocinador, apresenta-se de uma vez. Nunca vi meias apresentações ou pré-apresentações.
    Reparem também que até hoje nenhum órgão de comunicação social deu importância a essa "notícia". E, por exemplo, quando o Benfica regressou ao ciclismo já tinha todas as certezas em Maio.

    Esta "notícia" faz-me lembrar a SpiderTech. Era Continental Profissional em 2012, não conseguiu continuar na estrada em 2013 mas anunciou que voltaria em 2014... como World Tour. Entretanto já anunciou que o projeto morreu mesmo.

    Nuno Miguel (e não só), está a dar como certo algo que não o é. Caso se concretize, muito bem. Caso não se concretize, não se admirem.

    Cumprimentos!

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  9. Rui em relação ao manos luxemburgueses como se encaixa o MPCC na história toda? suspensões superiores a 6meses levam a impedimentos de 2 anos na contratação. A Astana faz parte do movimento.

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  10. Como não tenho visto o tour na eurosport, prefiro o Marco chagas que com todos os seus defeitos pelo menos percebe alguma coisa de ciclismo, não tinha ouvido falar disto até hoje.

    Mas tendo em conta tudo o que o Rui disso agora, tenho mesmo muitas duvidas que isto alguma vez passe de rumor a realidade.

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  11. O interessante desta equipa é que o empresário Carlos Sousa andava à procura (se não me engano) de um patrocinador para a Vacansoleil só que este que supostamente vai patrocinar a equipa portuguesa não oferecia o dinheiro suficiente então dá 5M anuais para esta equipa e pelo que percebi também tá qause tudo tratado faltando ciclistas (o staff vai escolher dentro do orçamento) e o "OK" da UCI

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