terça-feira, 20 de julho de 2010

Tourmalet, por si só, não faz estragos


A etapa de hoje foi passada nos Pirenéus mas não era de esperar grandes ataques dos favoritos. Uma coisa que aprendi em pequeno, foi que os favoritos só atacam quando há chegada ao alto ou montanha próxima da meta, e o que me surpreendeu hoje foi algumas pessoas ficarem surpreendidas pela falta de ataques dos principais ciclistas para a geral. Aliás, o Tour do ano passado teve dois bons exemplos, um deles incluindo o Tourmalet… a 70 quilómetros do fim. Curiosamente, nesse dia o vencedor também foi Fédrigo, que venceu Pellizotti ao sprint com 34 segundos para Freire, primeiro no grupo dos favoritos. Ou melhor, favoritos, amigos e conhecidos, porque eram mais de setenta corredores.
Hoje era mais uma dessas etapas que dá vontade de meter a gravar, ir à praia e depois ver a gravação em velocidade aumentado. Não teria qualquer motivo de interesse se não fosse a presença de Lance Armstrong e a consequente grande oportunidade de vencer. É verdade que tinha nove ciclistas consigo mas é sabido que, daqui para a frente, não terá uma oportunidade tão boa de vencer uma etapa no seu segundo último Tour.
Armstrong ainda escolheu a roda certa, a de Fédrigo, mas, quando tentou arrancar para a vitória, foi evidente a falta de velocidade natural de quem tem quase 39 anos. Perdeu-se assim aquele que seria um dos momentos mais marcantes deste Tour e importante para fazer esquecer a corrente do Andy Schleck que saltou e a atitude do Contador, que primeiramente não tinha visto nada e ao final do dia já dizia que possivelmente tinha errado e pedia desculpas. Então mas, se ele não tinha visto, errou no quê? Pede desculpas porquê? Na volta, estava só a mentir e aumentar a lista do Mentiritas de Contador, um livro a editar no futuro. Até o amigo Sérgio Paulinho já se pronunciou contra. “Na minha opinião o Contador esteve mal”.
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E hoje houve qualquer coisa no Velódromo de Sangalhos. A PAD diz que foi o prólogo da Volta a Portugal do Futuro. O regulamento da UCI diz que não. Artº 2.6.006, ponto 2: “O prólogo deve ser disputado a título individual”. Mesmo artigo, ponto 3: “O prólogo tem que contar para a classificação geral individual”. O que se passou no Velódromo foi colectivo e não conta para a geral individual. Prefiro acreditar que esta invenção foi para poupar o dinheiro do policiamento do que pensar que se tirou um dia à prova para vender o ciclismo de pista. O que quer que tenha sido aquilo, ganhou a Mortágua-Basi. Publicidade seja feita a quem investe no ciclismo.

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