Se havia dois ciclistas de quem eu esperava que animassem
muito este Tour, eram Gesink e Van Den Broeck, mas uma queda logo nas primeiras
etapas deixou o holandês KO e um problema mecânico na primeira chegada ao alto
deu quase dois minutos de atraso para o belga. Sem isso, hoje poderia estar no quarto
lugar e à beira do pódio; com esse azar, viu-se forçado a ter que atacar mais do que
faria em “condições normais”.
Logo no domingo, Evans e Nibali tentaram, a descer, ganhar o
tempo que não tinham conseguido ganhar a Wiggins na chegada ao alto da véspera,
mas sem sucesso. Com Wiggins e Froome a ganharam tempo a toda a concorrência
no contra-relógio, na quarta-feira Nibali, Van Den Broeck e Pierre Rolland
estiveram ao ataque, com os dois últimos a ganhar 32 segundos à concorrência
directa. Não muito, mas no dia seguinte voltaram a ser dois dos vencedores do dia, com Rolland a vencer a etapa e reentrar no top-10 e VDB a reentrar na luta pelo pódio.
Daqui até Paris, resta um contra-relógio de 53,5 km quilómetros, que tanto pela extensão como por ser totalmente plano, favorece os especialistas como Wiggins e Froome. A Nibali, Evans e Van Den Broeck, ainda que digam que vão lutar pela amarela, resta-lhes lutar pelo terceiro lugar do pódio. A Zubeldia, Brajkovic, Rolland e Pinot, resta-lhes tentarem segurar o lugar no top-10, Kloden, Frank Schleck, Roche e Coppel tentarão lá chegar, Tejay Van Garderen dividi-se entre a ajuda a Evans e lutar pela camisola branca (bem como manter o lugar nos dez melhores).
Para além desse contra-relógio, haverá uma chegada ao alto, com uma subida de 15,4 km a 5,1%, sendo que dois quilómetros são em descida, o que faz com que os 13 a subir sejam, em média, mais inclinados do que isso.
Na etapa de sábado (ontem, porque o artigo vai ser publicado já depois da meia-noite), numa contagem de terceira categoria a trinta quilómetros da meta, Evans atacou e muita gente ficou em dificuldades. Mais do que pela subida em si, pelo desgaste acumulado nas primeiras duas semanas de prova.
A etapa de domingo tem duas contagens de montanha e, apesar da última delas estar a 40 quilómetros da meta, espero ataques. Não necessariamente de Nibali, Evans ou Van Den Broeck, mas talvez de Rolland ou Chris Sorensen a pensarem na classificação da montanha, Pinot à procura da liderança na juventude, Frank Schleck, Roche, Coppel ou Horner a tentarem entrar no top-10... talvez Rui Costa à procura de uma vitória em etapa. A etapa de segunda-feira é plana e terça-feira é dia de descanso, pelo que os "atrevidos" de domingo terão tempo para recuperar forças até às etapas pirenaicas.
Serão apenas duas etapas nos Pirenéus, mas onde se espera novos ataques dos principais protagonistas deste Tour. Evans parece muito longe do rendimento do ano passado... mais vai tentar. Nibali terão que ousar na descida final da 16ª etapa. Van Den Broeck, enquanto tiver forças, ataca.
Não, Froome não vai atacar Wiggins, mas na subida para o Angliru (na última Vuelta) foi mais forte que o companheiro e este ano, nos momentos-chave do Tour, mostrou-se novamente mais capaz. Resta saber se Wiggins conseguirá aguentar todas as investidas de Nibali e Van Den Broeck.
Felizmente para Wiggins, quando se mostrou mais débil na subida para La Toussuire, o único com forças par atacar era mesmo Froome, e não o pôde fazer. Veremos o que acontece nas duas etapas de montanha que faltam, se bem que Froome só seguirá sem Wiggins em último caso.
Com o top-10 distante, Rui Costa deve agora focar-se na busca de uma etapa, o principal objectivo com que alinhou em Liège à partida para este Tour, tal como Sérgio Paulinho. A etapa de domingo e a de quarta-feira são as mais propícias para que uma fuga vingue, mas atendendo ao elevado número de abandonos já registados e haver cada vez menos gente para perseguir, todos os dias podem ser "O Dia". Há que tentar!
*****
Entretanto, disputa-se o Troféu Joaquim Agostinho, com o espanhol Iker Camano na liderança. Ricardo Mestre é terceiro, melhor português, e melhor opção para ser um luso a ganhar a prova. Bora lá! Que seja o Ricardo ou outro português, mas faz falta ao ciclismo português que sejam os nossos a vencer.
Daqui até Paris, resta um contra-relógio de 53,5 km quilómetros, que tanto pela extensão como por ser totalmente plano, favorece os especialistas como Wiggins e Froome. A Nibali, Evans e Van Den Broeck, ainda que digam que vão lutar pela amarela, resta-lhes lutar pelo terceiro lugar do pódio. A Zubeldia, Brajkovic, Rolland e Pinot, resta-lhes tentarem segurar o lugar no top-10, Kloden, Frank Schleck, Roche e Coppel tentarão lá chegar, Tejay Van Garderen dividi-se entre a ajuda a Evans e lutar pela camisola branca (bem como manter o lugar nos dez melhores).
Para além desse contra-relógio, haverá uma chegada ao alto, com uma subida de 15,4 km a 5,1%, sendo que dois quilómetros são em descida, o que faz com que os 13 a subir sejam, em média, mais inclinados do que isso.
E há muito desgaste...
14ª etapa, 15 de Julho |
A etapa de domingo tem duas contagens de montanha e, apesar da última delas estar a 40 quilómetros da meta, espero ataques. Não necessariamente de Nibali, Evans ou Van Den Broeck, mas talvez de Rolland ou Chris Sorensen a pensarem na classificação da montanha, Pinot à procura da liderança na juventude, Frank Schleck, Roche, Coppel ou Horner a tentarem entrar no top-10... talvez Rui Costa à procura de uma vitória em etapa. A etapa de segunda-feira é plana e terça-feira é dia de descanso, pelo que os "atrevidos" de domingo terão tempo para recuperar forças até às etapas pirenaicas.
16ª etapa, 18 de Julho |
Serão apenas duas etapas nos Pirenéus, mas onde se espera novos ataques dos principais protagonistas deste Tour. Evans parece muito longe do rendimento do ano passado... mais vai tentar. Nibali terão que ousar na descida final da 16ª etapa. Van Den Broeck, enquanto tiver forças, ataca.
Wiggins vs Froome?
Não, Froome não vai atacar Wiggins, mas na subida para o Angliru (na última Vuelta) foi mais forte que o companheiro e este ano, nos momentos-chave do Tour, mostrou-se novamente mais capaz. Resta saber se Wiggins conseguirá aguentar todas as investidas de Nibali e Van Den Broeck.
17ª etapa, 19 de Julho |
E quanto aos portugueses?
Com o top-10 distante, Rui Costa deve agora focar-se na busca de uma etapa, o principal objectivo com que alinhou em Liège à partida para este Tour, tal como Sérgio Paulinho. A etapa de domingo e a de quarta-feira são as mais propícias para que uma fuga vingue, mas atendendo ao elevado número de abandonos já registados e haver cada vez menos gente para perseguir, todos os dias podem ser "O Dia". Há que tentar!
*****
Entretanto, disputa-se o Troféu Joaquim Agostinho, com o espanhol Iker Camano na liderança. Ricardo Mestre é terceiro, melhor português, e melhor opção para ser um luso a ganhar a prova. Bora lá! Que seja o Ricardo ou outro português, mas faz falta ao ciclismo português que sejam os nossos a vencer.
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