Campeonatos Nacionais: percurso, favoritos e antevisão

No ano passado terminou assim

A Volta a França aproxima-se mas antes teremos os Campeonatos Nacionais de ciclismo. Em Pataias, na sexta-feira teremos os contrarrelógios de sub-23 (11h00) e elites (16h00), no sábado a prova em linha sub-23 (15h00) e no domingo a prova de elites (12h00). Aqui fica a informação e antevisão da prova.

Percurso

Pelo terceiro ano consecutivo os Campeonatos Nacionais portugueses decorrerão em Pataias, no concelho de Alcobaça. O percurso do contrarrelógio é o mesmo dos últimos anos, plano, com 27,8 quilómetros para os sub-23 e 34 para os elites.

Já as provas em linha será disputada num circuito diferente mas muito acessível. São 17,2 quilómetros de extensão quase totalmente planos, sendo a maior "dificuldade" uma rampa de cerca de 500 metros. A rampita está longe da meta, os ciclistas entram lá embalados da descida anterior, causa moça aos ciclistas mais pesados mas por si só não é suficiente para impedir uma chegada ao sprint na prova de elites.

De realçar este ano o aumento da quilometragem, com 154,8 quilómetros para os sub-23 e 172 para os elites.

Elites

Favoritos

Perspetivando um final ao sprint, os principais candidatos ao título seriam o atual campeão nacional de elites Manuel Cardoso (Caja Rural) e o campeão sub-23 de 2011 Fábio Silvestre (Leopard), mas ambos têm contra si a falta de equipa. Manuel Cardoso apenas terá consigo André Cardoso e Fábio Silvestre corre sozinho.

Dentro das equipas portuguesas, o lote de candidatos é grande. Filipe Cardoso (Efapel) vem de duas vitórias recentes, Rafael Silva (LA-Antarte) e Domingos Gonçalves (Rádio Popular) também tem estado em boa forma e Samuel Caldeira (OFM), Bruno Sancho (BIC-Carmim) e Sérgio Ribeiro (Louletano) são alguns dos homens mais rápidos do pelotão nacional.

Surpresas também são possíveis, como demonstrou o João Cabreira há dois anos, e para esse cenário de vitória isolada ou entre um grupo mais restrito há a destacar Rui Costa (Movistar) e Hugo Sabido (LA-Antarte).

Para o contrarrelógio, pela forma recentemente exibida, Rui Costa é o principal candidato ao título, seguido de Nelson Oliveira e Tiago Machado (Radioshack). Realce também para Sérgio Paulinho (Saxo-Tinkoff), José Gonçalves (La Pomme) e Fábio Silvestre.

Chave-da-Corrida

Sem os estrangeiros e os sub-23, Louletano, Rádio Popular e OFM têm apenas quatro ciclistas cada uma, passando a responsabilidade de controlar a corrida para Efapel, BIC e LA-Antarte. Entre estas, apesar de cada uma ter os seus homens rápidos, não existe um sprinter que dê garantias e por isso poderão empurrar a batata quente de uns para os outros.

Para baralhar ainda mais as contas, as três equipas têm mais do que um homem rápido. A Efapel tem Sérgio Sousa, César Fonte e Marco Cunha como alternativas a Filipe Cardoso, a BIC tem Daniel Mestre como alternativa a Bruno Sancho e a LA-Antarte tem Rafael Silva, Hugo Sabido e o vice-campeão de 2012 António Carvalho.

Alguém assumirá o controlo da corrida para uma chegada em pelotão? Esse será um fator fundamental o desfecho da prova.

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Sub-23

Favoritos

Em caso de sprint, Daniel Freitas (Anicolor), Rafael Reis e António Barbio (Ceramica Flaminia) parecem os principais favoritos, mas é muito pouco provável que o título seja discutido entre um grupo numeroso.

A Liberty Seguros, que venceu nos últimos três anos, é a formação com mais opções e tentará fazer uso do seu poderio coletivo, principalmente tendo em conta que Leonel Coutinho não tem estado no seu melhor. Têm Frederico Figueiredo, David Rodrigues, Renato Avelar e Flávio Cipriano que, mesmo não sendo sprinters, poderão impor-se pela resistência e por beneficiarem de uma equipa mais forte.

Atenção também para Hélder Ferreira e Luís Gomes (Maia), Nuno Meireles e o líder da Taça de Portugal Carlos Ribeiro (Anicolor).

Para o contrarrelógio, destacam-se Rafael Reis e António Barbio, vice-campeão em 2012 nas duas provas.

Chave-da-Corrida

A Liberty Seguros venceu os últimos três Campeonatos e é quem tem mais condições para ditar o rumo da corrida. Não quer dizer que vençam, mas têm capacidade para estar presentes em qualquer fuga e para caçar alguma que não lhes interesse. Manuel Correia, que consegue ter a sua equipa sempre muito unida, deve apostar na estratégia dos últimos anos,  colocando ciclistas da sua segunda linha na frente para desgastar os adversários (porque a "segunda linha" de Santa Maria da Feira é perigosa) e guardar os principais trunfos para a parte final.

Aos adversários da Libery Seguros cabe tentar não os deixar em superioridade numérica na frente, para fazer a diferença na última volta.

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