Jóni Brandão (Efapel-Glassdrive) é o novo campeão nacional de elites, saído de uma fuga de seis corredores que se formou logo na primeira de dez voltas e que arrecadou as medalhas. Tiago Machado (Radioshack) foi segundo e o pelotão chegou a quinze minutos, confirmando as piores expectativas.
Logo na primeira volta formou-se uma fuga de seis ciclistas que discutiriam a prova. A LA-Antarte tinha na frente Bruno Silva, a Efapel-Glassdrive tinha Jóni Brandão, a BIC-Carmim (que estreou equipamentos este fim de semana) tinha David Livramento, a OFM-Quinta da Lixa fazia-se representar com Hélder Oliveira e o sexteto ficava completo com Guilherme Lourenço (Peçamodovar) e Tiago Machado (Radioshack).
Apenas com quatro ciclistas em prova (porque os restantes são estrangeiros ou sub-23), OFM, Rádio Popular e Louletano não tinham capacidades para comandar a perseguição no pelotão e por isso deveriam colocar alguém em fuga, de forma a alhearem-se dessas responsabilidades. Foi o que fez a OFM, mas Rádio Popular e Louletano não o conseguiram.
Estando representadas na frente, LA, Efapel e BIC não tinham obrigação de perseguir lá atrás e estas eram as três equipas que aqui poderiam ser chamadas como tal. Entre Jóni Brandão, Bruno Silva e David Livramento nenhum é sprinter mas também não compensava às suas equipas anularem a fuga e levar a discussão das medalhas para o sprint, onde nenhuma delas tinha um claro favorito. Confirmou-se assim o cenário aqui deixado na antevisão da prova em que não havia interessados na perseguição.
Mais uma vez viu-se que mais faz quem quer e quem sabe do que quem pode, e o Tiago Machado (que apenas tinha um colega de equipa) e o Guilherme Lourenço (que é amador) estavam na discussão da prova.
O sexteto fragmentou-se e na frente ficaram Machado com Brandão e Hélder Oliveira. A LA tentou perseguir no pelotão mas uma queda mandou ao chão Hugo Sabido, Luís Afonso e António Carvalho, ao que parece que fraturas como consequências, e se as quedas foram na descida da Praia das Paredes, então há responsáveis, porque trata-se de uma descida perigosa que já tinha originado quedas graves nos últimos dois anos. Vergílio Santos e Daniel Mestre também foram para o hospital.
A diferença chegou a uns incríveis 18 minutos, que é algo que não dignifica a modalidade mas não se pode culpar as equipas que estavam representadas na frente e deram a esses ciclistas a hipótese de lutar pela camisola de campeão nacional.
Hélder Oliveira cedeu antes da última volta e a prova decidiu-se num sprint a dois do qual saiu vencedor Jóni Brandão, que aos 23 anos de idade conquista uma enorme vitória e que pode dar um impulso a uma grande carreira, de um jovem que sempre foi dos melhores do seu escalão e em 2011 venceu a Volta a Portugal do Futuro. Tiago Machado ficou próximo de levar a bandeira nacional a passear ao estrangeiro, mas ficou-se pelo segundo lugar. Depois de à partida dizer que só com um milagre venceria a prova, mostrou que não é tanto uma questão de milagres ou de ajuda divina, mas sim de garra e determinação, que é algo que não lhe falta. Falta sim uma vitória, depois de ser segundo na primeira etapa do Algarve, no prólogo dos 3 Dias da Flandres-Ocidental e hoje, uma vitória que já merecia.
Hélder Oliveira repetiu o bronze de 2009, Bruno Silva, Livramento e Lourenço chegaram a mais de oito minutos e o mini-pelotão a 15 minutos. Completaram a prova 43 dos 67 ciclistas que alinharam à partida.
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Rui Costa (Movistar) sagou-se campeão nacional de contrarrelógio, com prata para Domingos Gonçalves (Rádio Popular) e bronze para Hugo Sabido (LA-Antarte).
Nos sub-23, Rafael Reis (Ceramica Flaminia) é o novo campeão de contrarrelógio, relegando para segundo Victor Valinho (Louletano) e para terceiro Carlos Ribeiro (Anicolor). Victor Valinho é o campeão de fundo, com António Barbio (Ceramica Flaminia) em segundo e Frederico Figueiredo (Liberty Seguros) em terceiro.
Classificações aqui.
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Outros campeões:
Jesús Herrada é o novo campeão espanhol, Ivan Santaromita em Itália, Arthur Vichot em França, Andre Greipel na Alemanha, Johnny Hoogerland na Holanda, Stijn Devolder na Bélgica, Thor Hushovd na Noruega e Peter Sagan revalidou o título na Eslováquia.
Jesús Herrada é o novo campeão espanhol, Ivan Santaromita em Itália, Arthur Vichot em França, Andre Greipel na Alemanha, Johnny Hoogerland na Holanda, Stijn Devolder na Bélgica, Thor Hushovd na Noruega e Peter Sagan revalidou o título na Eslováquia.
Acho que o Tiago Machado vai passar ao lado do que podia ter sido uma boa carreira... Abraço
ResponderEliminarO Tiago Machado parecia ter muito potencial mas dede 2010 não mostrou evolução nenhuma, parece mesmo que ficou pior.
EliminarO melhor que faz é vir para Portugal e tentar ganhar a Volta a Portugal porque por este andar nem ganha la fora nem depois ca em Portugal
É uma descida com alguma inclinação e feita uma parte dela em piso empedrado o que complica ainda mais.
ResponderEliminarTaticamente o Prof. José Santos e o Jorge Piedade estiveram mal, se correm com poucos ciclistas só têm que tentar lançar alguém para a fuga logo desde do primeiro Km. Foi isso que fez a OFM e os amadores da Peçamodovar através do ex profissional Guilherme Lourenço que para mim foi a figura da corrida visto que corre a um nível totalmente diferente apesar de ter categoria para correr com os profissionais.
concordo com a sua opinião do sr em relação ao ex profissional Guilherme Lourenço .E só treina ao domingo porque trabalha numa fabrica de calçado.E se formos analisar a corrida ,o comportamento foi o mesmo do atual campeão nacional.
Eliminartb nao exageremos, deve treinar mais ao fdsemana, mas é sabido que o ciclistas que correm nos maters, treinam quase diariamente, ou mesmo todos os dias, é claro, não tempo para recuperar dos treinos como os profissionais, tem de trabalhar e tudo mais, é claro que o Guilherme, por isso foi grande corrida por parte do Guilherme Lourenço, mas não pensem que ele treinar só ao domingo, porque se assim fosse o homem era sobre-dotado.
Eliminarem relação à descida é um pouco perigosa, apesar de não aparentar ser, tem vários factores que conjugados a tornam perigosa do meu ponto de vista, como são, o empedrado é meio polido, depois saltam bidões das bicicletas com a trepidação, a estrada não é muito larga, a descer a 60 à hora, só por milagre é que em nenhuma das 10 vezes que fazem a descida é que não cai ninguém e os ciclistas tem tido sorte, em nunca ter chovido, apesar de ser verão, a probabilidade de chover é pouca, mas pode acontecer.
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