domingo, 23 de junho de 2013

Jóni Brandão campeão nacional!

Jóni Brandão (Efapel-Glassdrive) é o novo campeão nacional de elites, saído de uma fuga de seis corredores que se formou logo na primeira de dez voltas e que arrecadou as medalhas. Tiago Machado (Radioshack) foi segundo e o pelotão chegou a quinze minutos, confirmando as piores expectativas.

Logo na primeira volta formou-se uma fuga de seis ciclistas que discutiriam a prova. A LA-Antarte tinha na frente Bruno Silva, a Efapel-Glassdrive tinha Jóni Brandão, a BIC-Carmim (que estreou equipamentos este fim de semana) tinha David Livramento, a OFM-Quinta da Lixa fazia-se representar com Hélder Oliveira e o sexteto ficava completo com Guilherme Lourenço (Peçamodovar) e Tiago Machado (Radioshack).

Apenas com quatro ciclistas em prova (porque os restantes são estrangeiros ou sub-23), OFM, Rádio Popular e Louletano não tinham capacidades para comandar a perseguição no pelotão e por isso deveriam colocar alguém em fuga, de forma a alhearem-se dessas responsabilidades. Foi o que fez a OFM, mas Rádio Popular e Louletano não o conseguiram.

Estando representadas na frente, LA, Efapel e BIC não tinham obrigação de perseguir lá atrás e estas eram as três equipas que aqui poderiam ser chamadas como tal. Entre Jóni Brandão, Bruno Silva e David Livramento nenhum é sprinter mas também não compensava às suas equipas anularem a fuga e levar a discussão das medalhas para o sprint, onde nenhuma delas tinha um claro favorito. Confirmou-se assim o cenário aqui deixado na antevisão da prova em que não havia interessados na perseguição.

Mais uma vez viu-se que mais faz quem quer e quem sabe do que quem pode, e o Tiago Machado (que apenas tinha um colega de equipa) e o Guilherme Lourenço (que é amador) estavam na discussão da prova.

O sexteto fragmentou-se e na frente ficaram Machado com Brandão e Hélder Oliveira. A LA tentou perseguir no pelotão mas uma queda mandou ao chão Hugo Sabido, Luís Afonso e António Carvalho, ao que parece que fraturas como consequências, e se as quedas foram na descida da Praia das Paredes, então há responsáveis, porque trata-se de uma descida perigosa que já tinha originado quedas graves nos últimos dois anos. Vergílio Santos e Daniel Mestre também foram para o hospital.

A diferença chegou a uns incríveis 18 minutos, que é algo que não dignifica a modalidade mas não se pode culpar as equipas que estavam representadas na frente e deram a esses ciclistas a hipótese de lutar pela camisola de campeão nacional.

Hélder Oliveira cedeu antes da última volta e a prova decidiu-se num sprint a dois do qual saiu vencedor Jóni Brandão, que aos 23 anos de idade conquista uma enorme vitória e que pode dar um impulso a uma grande carreira, de um jovem que sempre foi dos melhores do seu escalão e em 2011 venceu a Volta a Portugal do Futuro. Tiago Machado ficou próximo de levar a bandeira nacional a passear ao estrangeiro, mas ficou-se pelo segundo lugar. Depois de à partida dizer que só com um milagre venceria a prova, mostrou que não é tanto uma questão de milagres ou de ajuda divina, mas sim de garra e determinação, que é algo que não lhe falta. Falta sim uma vitória, depois de ser segundo na primeira etapa do Algarve, no prólogo dos 3 Dias da Flandres-Ocidental e hoje, uma vitória que já merecia.

Hélder Oliveira repetiu o bronze de 2009, Bruno Silva, Livramento e Lourenço chegaram a mais de oito minutos e o mini-pelotão a 15 minutos. Completaram a prova 43 dos 67 ciclistas que alinharam à partida.

*****
Rui Costa (Movistar) sagou-se campeão nacional de contrarrelógio, com prata para Domingos Gonçalves (Rádio Popular) e bronze para Hugo Sabido (LA-Antarte).

Nos sub-23, Rafael Reis (Ceramica Flaminia) é o novo campeão de contrarrelógio, relegando para segundo Victor Valinho (Louletano) e para terceiro Carlos Ribeiro (Anicolor). Victor Valinho é o campeão de fundo, com António Barbio (Ceramica Flaminia) em segundo e Frederico Figueiredo (Liberty Seguros) em terceiro.

Outros campeões:
Jesús Herrada é o novo campeão espanhol, Ivan Santaromita em Itália, Arthur Vichot em França, Andre Greipel na Alemanha, Johnny Hoogerland na Holanda, Stijn Devolder na Bélgica, 
Thor Hushovd na Noruega e Peter Sagan revalidou o título na Eslováquia.

6 comentários:

  1. Acho que o Tiago Machado vai passar ao lado do que podia ter sido uma boa carreira... Abraço

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    1. O Tiago Machado parecia ter muito potencial mas dede 2010 não mostrou evolução nenhuma, parece mesmo que ficou pior.
      O melhor que faz é vir para Portugal e tentar ganhar a Volta a Portugal porque por este andar nem ganha la fora nem depois ca em Portugal

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  2. É uma descida com alguma inclinação e feita uma parte dela em piso empedrado o que complica ainda mais.


    Taticamente o Prof. José Santos e o Jorge Piedade estiveram mal, se correm com poucos ciclistas só têm que tentar lançar alguém para a fuga logo desde do primeiro Km. Foi isso que fez a OFM e os amadores da Peçamodovar através do ex profissional Guilherme Lourenço que para mim foi a figura da corrida visto que corre a um nível totalmente diferente apesar de ter categoria para correr com os profissionais.

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    1. concordo com a sua opinião do sr em relação ao ex profissional Guilherme Lourenço .E só treina ao domingo porque trabalha numa fabrica de calçado.E se formos analisar a corrida ,o comportamento foi o mesmo do atual campeão nacional.

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    2. tb nao exageremos, deve treinar mais ao fdsemana, mas é sabido que o ciclistas que correm nos maters, treinam quase diariamente, ou mesmo todos os dias, é claro, não tempo para recuperar dos treinos como os profissionais, tem de trabalhar e tudo mais, é claro que o Guilherme, por isso foi grande corrida por parte do Guilherme Lourenço, mas não pensem que ele treinar só ao domingo, porque se assim fosse o homem era sobre-dotado.

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  3. em relação à descida é um pouco perigosa, apesar de não aparentar ser, tem vários factores que conjugados a tornam perigosa do meu ponto de vista, como são, o empedrado é meio polido, depois saltam bidões das bicicletas com a trepidação, a estrada não é muito larga, a descer a 60 à hora, só por milagre é que em nenhuma das 10 vezes que fazem a descida é que não cai ninguém e os ciclistas tem tido sorte, em nunca ter chovido, apesar de ser verão, a probabilidade de chover é pouca, mas pode acontecer.

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