Depois de um justo período em que todas as conversas eram em torno de Rui Costa, é agora vez de se falar dos outros protagonistas deste Campeonato do Mundo.
Coletivamente destacaram-se positivamente a Itália e a Bélgica. Num passado recente a Itália apresentava-se como uma seleção por demais desunida, cada um fazendo a sua corrida e por vezes perseguindo-se uns aos outros. Paolo Bettini, que correu onze Mundiais de elites (venceu 2) e três Jogos Olímpicos (venceu 1), sabe bem disso e como selecionador está a conseguir combater o problema, unindo a equipa. Este domingo era para Nibali.
A Nibali interessava-lhe uma corrida dura e por isso os seus colegas começaram a endurece-la assim que entraram no circuito. Mais tarde, vendo-se sem ajuda, pararam e lançaram Visconti, obrigando as seleções de outros candidatos a assumirem-se, ma os belgas foram os únicos a fazê-lo. Já na última volta, e com Visconti alcançado, coube a Scarponi preparar o ataque de Nibali. Nem parece que foram rivais em três dos últimos quatro Giros.
Pela negativa destacaram-se os britânicos e espanhóis (em termos coletivos). Quando a BBC iniciou a transmissão direta da prova já nem havia britânicos no primeiro grupo. Já os espanhóis corresponderam às expetativas de desunião que existiam à partida. Uns porque caíram, outros porque nem devia lá ter ido, Samuel Sánchez, Alberto Contador e Luis León Sánchez foram três nulidades. Por último, Valverde. Quando Rui Costa atacou, o espanhol tinha obrigação de tentar ir na roda. Mesmo que não conseguisse, tinha que tentar, mas em vez disso teve a habitual paragem cerebral e ficou na roda de Nibali à espera do sprint.
Nibali e Rodríguez também foram duas figuras enorme deste Mundial, mostrando uma enorme garra e determinação, algo que contribui para que sejam dois dos melhores ciclistas da atualidade e veremos até quando. Rodríguez atacou, foi alcançado, voltou a atacar e esteve incansável a um nível extraordinariamente alto, apenas batido pelo Rui Costa. Marcante as imagens de choro no pódio.
No próximo ano terá provavelmente a sua última oportunidade de se sagrar campeão do mundo, um título que ficaria muito bem na carreira de alguém a quem tem faltado uma pontinha de sorte. Perdeu um Giro no contrarrelógio final, perdeu uma Vuelta por um erro tático, conhece o pódio das três grandes voltas, dos Mundiais e da Liége-Bastogne-Liége sem nunca ter ganho qualquer uma destas provas. Pelo menos tem um triunfo no Il Lombardia e etapas nas três grandes. Felizmente para nós não foi neste domingo que alcançou a maior vitória da sua carreira.
Também o Nibali esteve enorme. Sim, teve ajuda do seu carro de apoio para regressar ao pelotão depois da queda, o que não é permitido. Mas se assim não fosse, muita gente ficaria a olhar para o resultado a dizer que poderia ter sido diferente "se Nibali estivesse lá". Assim é que as vitórias são boas, com todos os candidatos presentes em condições de lutar pela vitória. Ainda bem que levaram o Nibali de regresso ao pelotão e assim não restam dúvidas de que ganhou o mais forte, Rui Costa.
Coletivamente destacaram-se positivamente a Itália e a Bélgica. Num passado recente a Itália apresentava-se como uma seleção por demais desunida, cada um fazendo a sua corrida e por vezes perseguindo-se uns aos outros. Paolo Bettini, que correu onze Mundiais de elites (venceu 2) e três Jogos Olímpicos (venceu 1), sabe bem disso e como selecionador está a conseguir combater o problema, unindo a equipa. Este domingo era para Nibali.
A Nibali interessava-lhe uma corrida dura e por isso os seus colegas começaram a endurece-la assim que entraram no circuito. Mais tarde, vendo-se sem ajuda, pararam e lançaram Visconti, obrigando as seleções de outros candidatos a assumirem-se, ma os belgas foram os únicos a fazê-lo. Já na última volta, e com Visconti alcançado, coube a Scarponi preparar o ataque de Nibali. Nem parece que foram rivais em três dos últimos quatro Giros.
Pela negativa destacaram-se os britânicos e espanhóis (em termos coletivos). Quando a BBC iniciou a transmissão direta da prova já nem havia britânicos no primeiro grupo. Já os espanhóis corresponderam às expetativas de desunião que existiam à partida. Uns porque caíram, outros porque nem devia lá ter ido, Samuel Sánchez, Alberto Contador e Luis León Sánchez foram três nulidades. Por último, Valverde. Quando Rui Costa atacou, o espanhol tinha obrigação de tentar ir na roda. Mesmo que não conseguisse, tinha que tentar, mas em vez disso teve a habitual paragem cerebral e ficou na roda de Nibali à espera do sprint.
Nibali e Rodríguez também foram duas figuras enorme deste Mundial, mostrando uma enorme garra e determinação, algo que contribui para que sejam dois dos melhores ciclistas da atualidade e veremos até quando. Rodríguez atacou, foi alcançado, voltou a atacar e esteve incansável a um nível extraordinariamente alto, apenas batido pelo Rui Costa. Marcante as imagens de choro no pódio.
No próximo ano terá provavelmente a sua última oportunidade de se sagrar campeão do mundo, um título que ficaria muito bem na carreira de alguém a quem tem faltado uma pontinha de sorte. Perdeu um Giro no contrarrelógio final, perdeu uma Vuelta por um erro tático, conhece o pódio das três grandes voltas, dos Mundiais e da Liége-Bastogne-Liége sem nunca ter ganho qualquer uma destas provas. Pelo menos tem um triunfo no Il Lombardia e etapas nas três grandes. Felizmente para nós não foi neste domingo que alcançou a maior vitória da sua carreira.
Também o Nibali esteve enorme. Sim, teve ajuda do seu carro de apoio para regressar ao pelotão depois da queda, o que não é permitido. Mas se assim não fosse, muita gente ficaria a olhar para o resultado a dizer que poderia ter sido diferente "se Nibali estivesse lá". Assim é que as vitórias são boas, com todos os candidatos presentes em condições de lutar pela vitória. Ainda bem que levaram o Nibali de regresso ao pelotão e assim não restam dúvidas de que ganhou o mais forte, Rui Costa.
Também é de referir o Uran, que podia ter mudado muito a figura do final da prova...
ResponderEliminarCaro Rui,
ResponderEliminarPorquê dizer que a desunião espanhola se prova com a atitude do Valverde? Das muitas coisas que li sobre o porquê dos espanhóis terem perdido, concordo com quem diz que a culpa maior é do Rodriguez. Sem aquele último ataque, não partindo o grupo de 4, a probabilidade do Valverde ganhar era esmagadora.
Na minha opinião, que vale para os demais quase o mesmo que nada, eu acho que o Belmonte é sincero quando diz que não havia pernas para mais...De cada vez que assisto ao vídeo, convenço-me disso.
ResponderEliminarNão sei se a probabilidade de ele ganhar num sprint a 4 era assim tão grande. Aliás, tendo em conta a condição física de cada um aquando do final da corrida, a única alteração que poderia existir era entre o 2º e 3º classificado, com Nibali sempre em 4º (inglório).
Só os que não pescam muito disto é que podem ver ali assunto para Telenovela :D (que até tem sido engraçada, mas apenas isso...)