Armstrong, Vaughters, Manolo Saiz e Vinokourov. Um está banido. Dois são diretores desportivos. Outro regressa em 2015 |
Quando, em janeiro de 2013, Armstrong admitiu ter corrido tantos anos com recurso a substâncias proibidas, não era apenas Armstrong nem o ciclismo que estavam em causa. Era o desporto e a luta anti-doping. Porque se o desportista mais controlado, do desporto mais controlado (quantitativa e qualitativamente), passou tantos controlos sem nunca acusar, então torna-se demasiado claro que o controlo anti-doping é muito deficiente, apanhando apenas os que se descuidam. Após a confissão de Armstrong, "Fulano nunca acusou" deixou de ser argumento válido de ilibação para qualquer atleta, de qualquer desporto. Armstrong também nunca acusou. Nem EPO, nem transfusões, nem hormona de crescimento, nem testosterona, as quais confessou ter utilizado. Mas isto não é sobre Armstrong, nem sobre outros desportos (poderia ser, talvez outro dia). Isto é para chegar ao ponto no qual, perante a evidência da deficiência do controlo anti-doping e a ameaça de descredibilização que isso acarreta, muitas figuras importantes viram-se forçadas a afirmar publicamente que tudo era diferente, que já nada era como na década de 90, nada como no tempo de Armstrong.
(Por esta altura cabe ao leitor, que já percebeu o tema central desta rúbrica, decidir. Se o tema lhe interessa e continua; ou se não lhe interessa, se lhe aborrece, talvez até o irrite. Nesse caso, para evitar o próprio aborrecimento, poderá ficar por aqui e voltar no próximo artigo, que terá outro tema.)
Este corte com o passado, este "agora tudo é diferente", não é novo. Passou-se o mesmo há alguns anos, quando em 2007 o ex-massagista da Telekom Jeff d'Hont denunciou em livro o uso sistemático de EPO e outras substâncias proibidas. Forçou vários ciclistas a confessar as suas práticas no período em que Riis e Ullrich conquistaram o Tour (96 e 97) e Erik Zabel levou a camisola verde para casa por seis vezes consecutivas (1996-01). Houve também aí a necessidade de apelar ao "agora tudo é diferente". A mesma necessidade sentida no começo dos anos 2000s, para marcar a diferença ao que então já era de domínio público relativamente aos anos 90, com a Festina e Pantani como casos mais marcantes, por terem sido os mais descaradamente expostos.
Perante a necessidade de um corte com o passado de modo a eliminar os fantasmas, a mudança que me parece mais significativa deu-se em relação ao conforto. Ex-ciclistas da década de 90 e início dos anos 2000, que foram suspensos ou confessaram a uso de EPO e transfusões, outros que pertenceram a equipas com sistemas de dopagem organizada, trocaram o pequeno e desconfortável selim pelo confortável assento do carro de apoio ou da secretária na qual tomam as decisões nas equipas que agora dirigem. São os casos de Jonathan Vaughters e Alexander Vinokourov, os dois protagonistas da estreia de Crónicas do Novo Ciclismo, mas muitos outros que ficarão para ocasiões futuras. Crónicas do Novo Ciclismo é sobre eles, os que estavam no velho e permanecem hipocritamente no novo, que na verdade é o mesmo.
Não vem esta conversa sem motivo, ou trazida pelo vento.
Em meados de setembro conheceu-se o positivo de Valentin Iglinskiy por EPO. Valentin Iglinskiy é um ciclista sem interesse. Em quatro anos de Carro Vassoura, em 400 artigos, nunca foi mencionado e o seu controlo positivo, por si só, também não merecia qualquer menção. Por isso não foi na altura em que saiu a público. Os seus principais resultados aconteceram em provas asiáticas de série C e apenas duas características justificavam a presença na Astana: 1) a nacionalidade cazaque; 2) o seu irmão Maxim. Valentin estava na Astana por ser irmão de Maxim Iglinskiy, vencedor da Liège-Bastogne-Liège em 2012. Um caso típico de irmão mau que consegue contrato através do irmão bom. Mas se desportivamente podemos categorizar um irmão bom e um irmão mau, tratando-se de EPO tal não acontece. Se Valentin acusou e confessou, não restavam dúvidas de que o seu irmão comia do mesmo prato. A dúvida residia em saber se seria apanhado ou não. E foi, no começo deste mês.
Ainda assim, não é razão para ilusões quanto à eficácia do controlo. Maxim, que no Tour tinha responsabilidade perante a sua equipa e o seu líder, passou as três semanas sem acusar, mas acusou depois no período de recuperação, onde não tinha responsabilidades. Acusou, não por ser a primeira vez, mas porque os irmãos fizeram algo que deu errado.
Dois companheiros acusarem a mesma substância ou a mesma prática, por norma, é um forte indício de dopagem organizada dentro da equipa. Porém, tratando-se de dois irmãos, cuja relação vai muito além do companheirismo existente entre dois colegas de equipa, tornava-se um caso fácil de lidar para a Astana. Podiam simplesmente lamentar a incapacidade de controlar o que os ciclistas fazem nas suas casas, algo que não deixaria satisfeitos os mais céticos mas até é verdade.
Nesse sentido, achei interessantes as declarações de Lieuwe Westra, ciclista da Astana, que esteve no Tour ao lado de Iglinskiy.
«Ele (Maxim Iglinskiy) surpreendeu-me em França. Durante toda a época, tudo o que via junto ao seu nome na classificação eram desistências (desistiu em Omã, Sanremo, País Basco e Volta à Suíça) mas no Tour, de repente, estava a fazer-nos sofrer. Ele não esteve com os outros oito nos estágios de preparação.»
A equipa não necessitava de lançar suspeitas sobre a performance do ciclista, mas apenas de se afastar da sua preparação. Em vez disso, Alexander Vinokourov, diretor geral da Astana, decidiu ir mais longe, através de comunicado de imprensa:
«Estou muito desapontado e irritado que este ciclista não tenha entendido a base das nossas regras e a importância da nossa ética. É especialmente inaceitável vindo da parte de um corredor cazaque, que representa a imagem da nossa equipa e do nosso país.»
Alexander Vinokourov, cliente do Dr. Michele Ferrari, vencedor de duas etapas do Tour 2007 com sangue de outra pessoa nas veias, acusado pelas autoridades belgas de comprar o triunfo na Liège-Bastogne-Liège 2010. Vinokourov está desapontado por alguém ofender as regras da ética e prejudicar a imagem do seu país. Contudo, as lições de ética não ficam por aqui. As lições de ética que são hoje dadas por aqueles que pertencem ao velho ciclismo, não se ficam por aqui, porque a lista dos que fizeram a transição entre o velho e o novo é extensa, porque não há velho e novo, porque é o mesmo.
Quando o tema é doping, há sempre a opinião pessoal de Jonathan Vaughters.
«Minha opinião pessoal: se tivesse dois ciclistas apanhados por EPO, eu (diretor) deveria ser despedido e banido para sempre.»
Vaughters é o diretor geral da Garmin e a sua história faz mais sentido contada pela ordem "cronológica" do conhecimento do que do acontecimento. Porque no caso de Vaughters existe uma grande distância temporal entre os acontecimentos e o seu conhecimentos.
Tornou-se ciclista profissional em 1994 e em 98 foi para a US Postal. O seu mais destacado resultado aconteceu no ano seguinte, quando venceu a crono-escalada do Mont Ventoux no Dauphiné Libéré, terminando a prova no segundo posto da geral, precisamente atrás de... Vinokourov (adversários no velho, adversários no novo, repare-se como tudo está ligado). Em 2002 (já na Crédit Agricole) participou pela quarta vez consecutiva no Tour e pela quarta vez desistiu. Três dias depois de abandonar, ainda a prova estava na estrada, Vaughters rescindiu o seu contrato e decidiu regressar aos Estados Unidos para continuar a estudar, despedindo-se do ciclismo de elite aos 30 anos. Em 2005 criou a equipa que viria a resultar na Garmin, desde o primeiro momento com a bandeira do anti-doping bem hasteada.
Vaughters era anti-doping, a Slipstream/Garmin era anti-doping, a equipa mais limpa, o tira-nódoas, o Vanish Oxi Action do ciclismo. A sua equipa estreou-se no Tour em 2008, venceu etapas em grandes voltas, viu Vande Velde tornar-se trepador e ser quarto no Tour, depois Wiggins pelo mesmo caminho e no mesmo posto e finalmente Ryder Hesjedal venceu o Giro. Sempre à sombra da mesma bandeira, a da limpeza, a do 100% clean. E a mensagem passava, em grande parte porque Vaughters sempre soube lidar muito bem com a comunicação social e as redes sociais.
Foi apenas em 2012, quatro anos depois da sua equipa disputar o Tour pela primeira vez, demasiado tempo depois, que Vaughters assumiu que se tinha dopado enquanto ciclista. Lembrou-se desse pormenor, bem escondido debaixo do tapete 100% clean, onde se limpa as solas antes de entrar e debaixo do qual se esconde a porcaria depois de lá estar. Lembrou-se também de confessar a dopagem de Danielson, Zabriskie e Vande Velde nas suas antigas equipas (US Postal/Discovery Channel, Liberty Seguros ou CSC), confessando conhecer os casos. Mas nunca na sua, claro, ainda que, analisado os resultados de cada um deles, seja impossível acreditar. Sobretudo no caso de Vande Velde, que registou um enorme salto qualitativo quando passou das sujas US Postal e CSC para a limpa Garmin, onde foi quarto e oitavo (sétimo após desclassificação de Armstrong) no Tour.
Já no ano passado foi o turno de Ryder Hesjedal. Em livro, Michael Rasmussen contou que tinha ensinado Hesjedal e outros dois betitistas canadianos a utilizar EPO em 2003. O canadiano vencedor do Giro 2012 confessou e Vaughters deu a cara pelo seu ciclista, porque foi há dez anos. Quem puder que acredite. Ciclista muito batalhador, muito agressivo e decididamente entregue ao trabalho em prol da equipa quando necessário, sem dúvida. Quem puder acreditar que Hesjedal usou métodos proibidos em 2003 mas não (quase) dez anos depois quando venceu o Giro, quem puder, que acredite.
Não existe esse ranking nem sistema de pontos, mas se eu pudesse atribuir o distinto galardão de figura mais hipócrita do ciclismo internacional, esse seria para Vaughters. Não sei do que se vai lembrar a seguir.
Uma mudança é possível. Nada está condenado a repetir no futuro os erros do presente. Mas a mudança só será possível quando existir um verdadeiro corte com o passado e o rumo estiver entregue a novos capitães.
Não sei até onde irá. Mas Crónicas do Novo Ciclismo existe porque, quando olhamos para os problemas do ciclismo na atualidade (como Iglinskiy), podemos constatar que as figuras de fundo são as mesmas de outrora. O corte com os males do passado continua a ser necessário. Mas a conclusão de Crónicas do Novo Ciclismo nem é essa. A conclusão é de que não se vê conclusão, não há término.
Perante a necessidade de um corte com o passado de modo a eliminar os fantasmas, a mudança que me parece mais significativa deu-se em relação ao conforto. Ex-ciclistas da década de 90 e início dos anos 2000, que foram suspensos ou confessaram a uso de EPO e transfusões, outros que pertenceram a equipas com sistemas de dopagem organizada, trocaram o pequeno e desconfortável selim pelo confortável assento do carro de apoio ou da secretária na qual tomam as decisões nas equipas que agora dirigem. São os casos de Jonathan Vaughters e Alexander Vinokourov, os dois protagonistas da estreia de Crónicas do Novo Ciclismo, mas muitos outros que ficarão para ocasiões futuras. Crónicas do Novo Ciclismo é sobre eles, os que estavam no velho e permanecem hipocritamente no novo, que na verdade é o mesmo.
Não vem esta conversa sem motivo, ou trazida pelo vento.
Em meados de setembro conheceu-se o positivo de Valentin Iglinskiy por EPO. Valentin Iglinskiy é um ciclista sem interesse. Em quatro anos de Carro Vassoura, em 400 artigos, nunca foi mencionado e o seu controlo positivo, por si só, também não merecia qualquer menção. Por isso não foi na altura em que saiu a público. Os seus principais resultados aconteceram em provas asiáticas de série C e apenas duas características justificavam a presença na Astana: 1) a nacionalidade cazaque; 2) o seu irmão Maxim. Valentin estava na Astana por ser irmão de Maxim Iglinskiy, vencedor da Liège-Bastogne-Liège em 2012. Um caso típico de irmão mau que consegue contrato através do irmão bom. Mas se desportivamente podemos categorizar um irmão bom e um irmão mau, tratando-se de EPO tal não acontece. Se Valentin acusou e confessou, não restavam dúvidas de que o seu irmão comia do mesmo prato. A dúvida residia em saber se seria apanhado ou não. E foi, no começo deste mês.
Ainda assim, não é razão para ilusões quanto à eficácia do controlo. Maxim, que no Tour tinha responsabilidade perante a sua equipa e o seu líder, passou as três semanas sem acusar, mas acusou depois no período de recuperação, onde não tinha responsabilidades. Acusou, não por ser a primeira vez, mas porque os irmãos fizeram algo que deu errado.
Dois companheiros acusarem a mesma substância ou a mesma prática, por norma, é um forte indício de dopagem organizada dentro da equipa. Porém, tratando-se de dois irmãos, cuja relação vai muito além do companheirismo existente entre dois colegas de equipa, tornava-se um caso fácil de lidar para a Astana. Podiam simplesmente lamentar a incapacidade de controlar o que os ciclistas fazem nas suas casas, algo que não deixaria satisfeitos os mais céticos mas até é verdade.
Nesse sentido, achei interessantes as declarações de Lieuwe Westra, ciclista da Astana, que esteve no Tour ao lado de Iglinskiy.
«Ele (Maxim Iglinskiy) surpreendeu-me em França. Durante toda a época, tudo o que via junto ao seu nome na classificação eram desistências (desistiu em Omã, Sanremo, País Basco e Volta à Suíça) mas no Tour, de repente, estava a fazer-nos sofrer. Ele não esteve com os outros oito nos estágios de preparação.»
A equipa não necessitava de lançar suspeitas sobre a performance do ciclista, mas apenas de se afastar da sua preparação. Em vez disso, Alexander Vinokourov, diretor geral da Astana, decidiu ir mais longe, através de comunicado de imprensa:
«Estou muito desapontado e irritado que este ciclista não tenha entendido a base das nossas regras e a importância da nossa ética. É especialmente inaceitável vindo da parte de um corredor cazaque, que representa a imagem da nossa equipa e do nosso país.»
Alexander Vinokourov, cliente do Dr. Michele Ferrari, vencedor de duas etapas do Tour 2007 com sangue de outra pessoa nas veias, acusado pelas autoridades belgas de comprar o triunfo na Liège-Bastogne-Liège 2010. Vinokourov está desapontado por alguém ofender as regras da ética e prejudicar a imagem do seu país. Contudo, as lições de ética não ficam por aqui. As lições de ética que são hoje dadas por aqueles que pertencem ao velho ciclismo, não se ficam por aqui, porque a lista dos que fizeram a transição entre o velho e o novo é extensa, porque não há velho e novo, porque é o mesmo.
Quando o tema é doping, há sempre a opinião pessoal de Jonathan Vaughters.
«Minha opinião pessoal: se tivesse dois ciclistas apanhados por EPO, eu (diretor) deveria ser despedido e banido para sempre.»
Vaughters é o diretor geral da Garmin e a sua história faz mais sentido contada pela ordem "cronológica" do conhecimento do que do acontecimento. Porque no caso de Vaughters existe uma grande distância temporal entre os acontecimentos e o seu conhecimentos.
Tornou-se ciclista profissional em 1994 e em 98 foi para a US Postal. O seu mais destacado resultado aconteceu no ano seguinte, quando venceu a crono-escalada do Mont Ventoux no Dauphiné Libéré, terminando a prova no segundo posto da geral, precisamente atrás de... Vinokourov (adversários no velho, adversários no novo, repare-se como tudo está ligado). Em 2002 (já na Crédit Agricole) participou pela quarta vez consecutiva no Tour e pela quarta vez desistiu. Três dias depois de abandonar, ainda a prova estava na estrada, Vaughters rescindiu o seu contrato e decidiu regressar aos Estados Unidos para continuar a estudar, despedindo-se do ciclismo de elite aos 30 anos. Em 2005 criou a equipa que viria a resultar na Garmin, desde o primeiro momento com a bandeira do anti-doping bem hasteada.
Vinokourov e Vaughters antes de trocaram o selim pelo conforto da secretária. |
Foi apenas em 2012, quatro anos depois da sua equipa disputar o Tour pela primeira vez, demasiado tempo depois, que Vaughters assumiu que se tinha dopado enquanto ciclista. Lembrou-se desse pormenor, bem escondido debaixo do tapete 100% clean, onde se limpa as solas antes de entrar e debaixo do qual se esconde a porcaria depois de lá estar. Lembrou-se também de confessar a dopagem de Danielson, Zabriskie e Vande Velde nas suas antigas equipas (US Postal/Discovery Channel, Liberty Seguros ou CSC), confessando conhecer os casos. Mas nunca na sua, claro, ainda que, analisado os resultados de cada um deles, seja impossível acreditar. Sobretudo no caso de Vande Velde, que registou um enorme salto qualitativo quando passou das sujas US Postal e CSC para a limpa Garmin, onde foi quarto e oitavo (sétimo após desclassificação de Armstrong) no Tour.
Já no ano passado foi o turno de Ryder Hesjedal. Em livro, Michael Rasmussen contou que tinha ensinado Hesjedal e outros dois betitistas canadianos a utilizar EPO em 2003. O canadiano vencedor do Giro 2012 confessou e Vaughters deu a cara pelo seu ciclista, porque foi há dez anos. Quem puder que acredite. Ciclista muito batalhador, muito agressivo e decididamente entregue ao trabalho em prol da equipa quando necessário, sem dúvida. Quem puder acreditar que Hesjedal usou métodos proibidos em 2003 mas não (quase) dez anos depois quando venceu o Giro, quem puder, que acredite.
Não existe esse ranking nem sistema de pontos, mas se eu pudesse atribuir o distinto galardão de figura mais hipócrita do ciclismo internacional, esse seria para Vaughters. Não sei do que se vai lembrar a seguir.
Uma mudança é possível. Nada está condenado a repetir no futuro os erros do presente. Mas a mudança só será possível quando existir um verdadeiro corte com o passado e o rumo estiver entregue a novos capitães.
Não sei até onde irá. Mas Crónicas do Novo Ciclismo existe porque, quando olhamos para os problemas do ciclismo na atualidade (como Iglinskiy), podemos constatar que as figuras de fundo são as mesmas de outrora. O corte com os males do passado continua a ser necessário. Mas a conclusão de Crónicas do Novo Ciclismo nem é essa. A conclusão é de que não se vê conclusão, não há término.
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