Lagos recebeu a primeira reunião de família do ano, assinalando uma temporada que começa para as equipas nacionais mas também para muitos estrangeiros. Outros vêm em vantagem, já com dias de competição nas pernas e por isso a forma mais adiantada.
O campeão mundial volta a ser quem capta mais interesse à partida. Depois de Rui Costa no ano passado, Michal Kwiatowski hoje, ainda que o público seja em menor quantidade. É um pelotão de grande qualidade para os adeptos do ciclismo mas falta uma figura que atraia para lá dessa população, como noutros anos houve Alberto Contador e - sobretudo no ano passado - Rui Costa, que juntavam maiores multidões à porta dos respetivos autocarros. Rui Costa está em Omã porque a equipa escolheu a prova mais rentável para a sua caixa. Alberto Contador está na Andaluzia porque a equipa escolheu para ele a única das três com transmissão televisiva.
O ciclismo é um desporto de televisão e a Volta ao Algarve um tesouro desaproveitado pela região e pelo país através das suas entidades que deviam promover o Turismo. A velha conversa.
A fuga formou-se com quatro ciclistas de equipas continentais, espelhando a vontade destes darem nas vistas perante algumas das melhores equipa do mundo e, por sua vez, as estrelas que comandam estas descansadas lá atrás, desfrutando de uma temperatura que rondo os 20ºC. A Lotto-Soudal e a Etixx-Quick Step tentaram manter a situação sempre controlada para que as pretensões de Andre Greipel e Gianni Meersman/Zdenek Stybar permanecessem intactas sem necessidade de um grande esforço final. A vantagem de Jóni Brandão, Samuel Magalhães, João Benta e Mário González chegou a ultrapassar os sete minutos mas rapidamente baixo para a casa dos quatro, à volta dos quais oscilou por muito tempo. Às vezes um pouco mais, outras um pouco menos, mas nada que preocupasse as duas formações belgas.
Alcançados os fugitivos, comboios a alta velocidade para o sprint. Michal Kwiatkowski foi o primeira a erguer os braços bem alto, para celebrar o triunfo o companheiro Gianni Meersman, numa repetição da vitória de 2012. Vinha muito forte da Austrália, onde tinha conquistado a corrida de despedida do Cadel Evans.
Etapa sem grande história e, como expectável, sem grandes consequências para aqueles entre os quais se espera a discussão da classificação geral, que deverá começar a decidir-se amanhã.
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