No artigo anterior, falei naquilo que se pode esperar desta Volta a França no seu geral. Pois desta vez, venho falar das etapas que se disputarão durante a primeira semana de prova e daquilo que delas se poderá esperar. Entre elas, um contra-relógio colectivo, três chegadas para sprinters, três chegadas selectivas, uma etapa bastante acidentada e uma para enganar os sprinters mais puros. Sem dúvida, etapas para todos os gostos.
Além da habitual troca de líder da montanha, durante esta semana a classificação dos pontos e a própria classificação geral deverão mudar várias vezes de líder. Ora vejamos:
Etapa 1: Quem será o primeiro líder?
Gráfico da 1ª etapa |
Etapa 2: O contra-relógio colectivo
Com apenas 23 km de extensão, o contra-relógio colectivo não deverá fazer grandes diferenças de tempo, mas ainda assim algumas equipas mais fracas poderão perder até um minuto. Em princípio, haverá alteração de camisola amarela, pois não há bonificações nas etapas em linha, a primeira deve criar pequenas diferenças e essas diferenças serão anuladas no segundo dia. Radioshack é a claríssima favorita à vitória, seguindo-se Leopard, Garmin, HTC, Rabobank e Sky, não necessariamente por esta ordem. A Radioshak dificilmente vencerá a primeira etapa e entre os ciclistas das outras formações mencionadas apenas Hushovd ou Goss me parecem capazes de vestir a amarela no primeiro dia e a segurar no segundo se a equipa estiver á altura.
Etapa 3: A primeira para puros sprinters
Mais tarde do que é normal, este ano apenas ao terceiro dia de prova os velocistas como Mark Cavendish, Tyler Farrar, Alessandro Petacchi ou André Greipel terão a sua primeira oportunidade de brilhar. Não há muito a dizer sobre esta etapa, da qual se espera uma chegada em pelotão compacto. Será interessante ver como as equipas dos sprinters abordam o sprint intermédio (este ano darão 20 pontos ao primeiro classificado) ou como os primeiros classificados do primeiro dia o farão. Se o vencedor de sábado for um ciclista com poucas hipóteses de vencer esta etapa, poderá ir ao sprint intermédio à procura de mais alguns pontos para segurar a camisola verde.
Etapa 4: Para os homens-Tour actuarem?
Gráfico da 4ª etapa |
Etapas 5, 6 e 7: Sprinters ou fuga?
Final da 6ª etapa |
A sexta etapa tem a particularidade de ter uma rampa, com final a 1500m da meta, que certamente se fará notar e eliminará alguns sprinters.
Etapas 8 e 9: O Maciço Central
Perfil da 8ª etapa |
A nona terá final numa rampa de quarta categoria e será a jornada com mais contagens de montanha ao longo da primeira semana. Por isso mesmo, espera-se uma interessante luta pela camisola da montanha, ainda que estes pontos de pouco valham quando aparecerem as chegadas em alto.
Que comece o espectáculo! Boa sorte para todos os participantes!
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As sondagens lançadas no dia 20 de Julho já foram encerradas e muito me agrada ter 45 votos. Ao que parece, as opiniões estão muito divididas quanto à proibição de ex-suspensos por doping pertencerem ao staff de equipas. 48% concorda com a proibição, 40% não concorda. Na outra sondagem não há tanta divisão: 47% concorda que sejam proibidos de representar as suas selecções e de participar nos Nacionais, 15% concorda que sejam proibidos de correr pela selecção mas entende que devem ser autorizados a correr os Campeonatos Nacionais e apenas 25% se opõe à medida.
Relativamente a este tema, em Espanha, o secretário de Estado para o Desporto pretende afastar das selecções nacionais os implicados em assuntos de doping. Não é uma medida para o ciclismo espanhol. É uma medida para todo o desporto espanhol!
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O Jornal Ciclismo, que cada vez tem mais notícias mas menos qualidade, escreveu um artigo intitulado “Apenas Bruno Pires respeitou adeptos portugueses”. Nem sei muito bem como classificar tal artigo. De mau gosto? Um disparate? Uma brincadeira? Não sei.
Eu gostaria muito de ter visto o Rui Costa e o Tiago Machado a lutarem com o Nelson Oliveira pelo título de contra-relógio, ou de ver eles, o Manuel Cardoso e o Paulinho na prova em linhas, mas sei que são profissionais, pagos por uma equipa. Como tal, têm que defender os interesses dos seus patrões e dos seus patrocinadores. O Paulinho não foi aos Nacionais? Pois não, porque está em descanso para a Volta a França, e pelo mesmo motivo não foram os seus colegas Klöden, Popovych, Zubeldia, Irizar e Muravyev. Os Campeonatos dos EUA já foram há algumas semanas e portanto Horner e Leipheimer também não correram no fim-de-semana passado, sendo a única excepção Brajkovic, que correu o contra-relógio na Eslovénia. Será que todos eles se ausentaram dos nacionais por desrespeito aos seus adeptos ou por obediência para com as suas equipas?
Já sobre o Tiago Machado e o Manuel Cardoso, não tenho a certeza, mas muito provavelmente os seus directores optaram igualmente por os deixar de fora e concentrarem-se na preparação dos próximos objectivos. É que ganhar o Campeonato Nacional de Portugal, não faz parte dos objectivos da Radioshak e os seus ciclistas não têm que se preparar para eles. Iriam participar em má forma para quê? Para depois serem criticados de igual modo?
O Rui Costa está em situação idêntica à do Sérgio Paulinho: vai ao Tour e a equipa disse-lhe para não correr. É verdade que os seus colegas correram em Espanha, mas a situação é diferente. Em primeiro lugar, porque com 17 ciclistas em prova é mais fácil montar uma estratégia e as hipóteses de vitória eram grandes. Em segundo, porque uma vitória nessa prova seria muito importante para os seus patrocinadores, como certamente terá sido a de JJ Rojas e continuará a ser até passar a camisola a outro, em Junho de 2012.
Já agora, referir que a Radioshack e a Nissan anunciaram a continuação do patrocínio à equipa até 2013, podendo assim os nossos emigrantes renovar os seus contratos por mais dois anos.
Olá!
ResponderEliminarQuero falar apenas do tour.
Como temos visto o Alberto Contador já começou a perder algum tempo por azar assim como os corredores portugueses.
O Andy Schleck na minha opinião o grande favorito à vitória, ainda não deu para ver se está em grande esperemos mais uns dias até começarem as verdadeiras montanhas e penso seriamente que este ano será o grande vencedor.
Aos sprinters penso que o Cavendish vai conseguir vencer algumas etapas(mas não tantas como em anos anteriores).
E para provas de colinas e clássicas será o Philipe gilbert, que já o fez na primeira etapa.
Cumprimentos