Com começo a norte para acabar ainda mais a norte, passando pelo centro-sul de Itália, um contrarrelógio muito extenso na segunda e os Alpes na última semana, assim será o Giro 2015 (9 a 31 de maio), o primeiro sem a mão dos antigos diretores, o que se nota no percurso. O primeiro traçado por Mauro Vegni sem heranças de Zomegnan ou Acquarone, tenta evitar os problemas dos últimos anos e não leva a prova além dos 2178 metros de altitude, mais do que suficiente para testar os trepadores mas sem ultrapassar os limites razoáveis.
Este é o artigo de análise ao percurso da prova, com os perfis, para quem quiser saber o que esperar.
A Marginal Italo Calvino, que recebeu o final da Milano-Sanremo de 2008 a 2014, premiará no sábado o primeiro camisola rosa desta edição, após um contrarrelógio coletivo de 17,6 quilómetros. É um CRE plano, numa paisagem belíssima junto ao Mediterrâneo, e apesar de curto, é importante contar com bons contrarrelogistas, pois trata-se de um percurso pouco técnico e a pedir potência durante largos minutos.
Este é o artigo de análise ao percurso da prova, com os perfis, para quem quiser saber o que esperar.
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(ao longo do artigo, poderão clicar nos nomes das subidas e nos números das etapas para ver os perfis. E ao longo da prova estará o mapa de Itália ali no lado esquerdo, bastando clicar nele para vir ter a este artigo).
(ao longo do artigo, poderão clicar nos nomes das subidas e nos números das etapas para ver os perfis. E ao longo da prova estará o mapa de Itália ali no lado esquerdo, bastando clicar nele para vir ter a este artigo).
A Marginal Italo Calvino, que recebeu o final da Milano-Sanremo de 2008 a 2014, premiará no sábado o primeiro camisola rosa desta edição, após um contrarrelógio coletivo de 17,6 quilómetros. É um CRE plano, numa paisagem belíssima junto ao Mediterrâneo, e apesar de curto, é importante contar com bons contrarrelogistas, pois trata-se de um percurso pouco técnico e a pedir potência durante largos minutos.
5ª etapa (13 de maio) - primeira chegada em alto |
Abetone volta a receber uma chegada do Giro 15 anos depois. Em 2000, Francesco Casagrande atacou na subida para o Passo San Pellegrino, a cerca de trinta quilómetros para a meta, e não mais foi alcançado, fazendo toda a subida para Abetone (por outra variante) isolado. Chegou à liderança e apenas a viria a perder no contrarrelógio do penúltimo dia. Este ano serão 17,3 quilómetros de extensão a 5,4% de inclinação média.
8ª etapa (16 de maio) |
14ª etapa (23 de maio) - contrarrelógio individual |
15ª etapa (24 de maio) |
No dia seguinte (domingo), chegada a Madonna di Campiglio (15,5 km a 5,9%), local simbólico para o ciclismo. Aí, Marco Pantani sentenciou o Giro de 1999, alcançando o seu quarto triunfo de etapa a dois dias do final. Aí, no dia seguinte, Marco Pantani foi expulso da prova por hematócrito demasiado elevado. É provável que haja alguma homenagem a Pantani e tenhamos Greg LeMond com o seu habitual discurso "Armstrong mau, Pantani bom".
16ª etapa (26 de maio) |
A última semana será a mais dura, marcada pelos Alpes, com três chegadas em alto. A primeira delas, na terça-feira, recupera o encadeamento Mortirolo-Aprica, enfrentado em 2006 com vitória de Ivan Basso e em 2010 por Michele Scarponi. Os ciclistas terão neste dia cinco contagens de montanha, primeiro duas de segunda categoria e após estas a primeira subida a Aprica (14 km a 3,5%), finalizando com mais 75 km por percorrer. Após esta, os ciclistas terão o terrível Mortirolo, umas das maiores dificuldades que podem enfrentar ao longo da temporada, com 11,8 km a incríveis 10,9% de inclinação média, com término a 35 quilómetros do final e prevendo-se que desde logo estilhace o pelotão. Por fim, a derradeira subida a Aprica, que não sendo muito inclinada, será encontrada pelos ciclistas já muito desgastados. A décima sétima etapa será a penúltima oportunidade para sprinters, com chegada a Lugano, na Suíça.
A décima oitava etapa pode oferecer um excelente espetáculo... ou não. O Monte Ologno tem 10,4 km de extensão a 9% de inclinação média e depois disso ainda há mais subida, o que poderá incentivar alguns ataques. Por outro lado, não existe dificuldade prévia e o pelotão deverá iniciar a ascensão muito numeroso, com muitos gregários junto dos líderes, além de que as duas etapas seguintes são muito duras e muitos trepadores poderão estar em modo de poupança de energia.
19ª etapa (29 de maio) |
Na última sexta-feira o Giro terá uma das etapas mais duras, com 236 quilómetros e três contagens de montanha de primeira categoria, a última delas coincidente com a meta, em Cervina, com longos 19,2 km a 5% de inclinação média. E no sábado final idêntico à penúltima etapa do Giro 2011, vencida por Vasil Kiryienka escapado, com Alberto Contador a selar a vitória na classificação geral que depois seria de Scarponi. Haverá subida ao Colle delle Finestre, de 18,5 quilómetros a 9,2% de inclinação média, sendo os últimos oito quilómetros de extensão sem alcatrão. Será a Cima Coppi, ou seja, o ponto mais alto da prova, a 2178 metros de altitude. Finalmente haverá a subida a Sestriere (9,2 km a 5,4% de média). Tal como Aprica depois do Mortirolo, Sestriere não é uma montanha muito inclinada, mas lá os favoritos chegarão muito desgastados e, prevê-se, com escasso apoio de companheiros.
20ª etapa (30 de maio) - última chegada em alto |
Por fim, etapa de consagração em Milão.
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