domingo, 12 de julho de 2015

Contas a 5 após o contrarrelógio

Oi, também estou aqui, beijos e abraços, T.
Mais emocionante e disputado contrarrelógio coletivo, só por encomenda. Chris Froome sai da primeira semana com a camisola amarela, com Van Garderen muito próximo, Nibali mais afastado mas ainda na luta e pelo meio Contador e (sobretudo) Nairo Quintana.

BMC, Sky e Movistar fizeram tempos muito semelhantes e no caso da equipa espanhola valeu a pena levar a França Adriano Malori e Alex Dowsett a pensar propositadamente neste dia. Nairo Quintana sai da primeira semana a dois minutos de Froome. Melhor: Quintana chega ao seu terreno tendo salvado o contrarrelógio inaugural, os pavés e abanicos com perdas de apenas dois minutos para o camisola amarela. O principal favorito à vitória é Chris Froome, claro, por todas as razões, e hoje mostrou-se muito forte. Mas depois dele, com toda a subjetividade inerente, Quintana parece-me o segundo favorito à vitória em Paris.

Van Garderen passou a primeira semana de forma irrepreensível e a vitória fecha este ciclo com chave-de-ouro, dando ainda mais moral ao norte-americano e à sua equipa, sempre tão bem até ao momento. TVG não tem equipa para romper a prova nas montanhas, mas sabe que não precisa disso para vencer. Tem colegas, isso sim, para controlar a corrida. Cadel Evans venceu o Tour com o mesmo equipamento e com um conjunto teoricamente inferior.

Alberto Contador perdeu segundos hoje mas está lá. Ainda não deu nenhum sinal de especial boa forma como Froome, mas não tem nada que o exclua do lote de principais favoritos. Vincenzo Nibali, a 2'22'' de Froome, espera que o dia de ontem tenha sido um caso isolado e é precipitado retirar o italiano da luta pela amarela.

Valverde é o melhor dos não-líderes. Rigoberto Urán tem, pelo menos antes de se iniciar a montanha, que ser considerado para o top-5, e lamentando hoje a falta de Tony Martin. Com o alemão talvez a Etixx tivesse vencido. Foi a única equipa já afetada por abandonos que se conseguiu aproximar das melhores e no seu caso quem abandonou foi o melhor contrarrelogista deste Tour (em cronos longos, não como o inaugural).

Uma surpresa pela positiva hoje foi a Lampre, a perder apenas 48 segundos. Confirmando as expetativas, muita gente com aspirações a top-10 perdeu mais de um minuto para a BMC (apenas oito equipas abaixo dessa marca), mas o mais prejudicado é, sem surpresa, Joaquim Rodríguez.

Agora apenas falta toda a montanha. E é um apenas muito grande. Está (quase) tudo em aberto.

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Classificação geral aqui.

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