Kristoff a vencer em Sanremo em 2014 |
Sem que seja um dos três sprinters sempre referidos, Kristoff venceu duas etapas ao sprint no último Tour. Sem que seja um dos classicomanos mais mencionados, venceu a última Milano-Sanremo e a Vattenfall Cyclassics. Sem que seja frequentemente considerado uma ameaça para os pavés e muros, foi 4º e 5º nas duas últimas Voltas a Flandres.
Kristoff mostrou ao longo dos últimos anos tudo o que é necessário para brilhar no mês que aí vem. É perfeitamente tolerante às largas distâncias, capaz de ultrapassar subidas curtas, adapta-se aos muros de Flandres, é um excelente rolador e melhor sprinter.
Na Volta a Flandres de 2014 podemos vê-lo a endurecer muito a corrida no Oude Kwaremont (penúltimo muro), antes do ataque de Cancellara e Vanmarcke, os únicos capazes de se distanciarem. Por fim, no Paterberg, foi o norueguês quem se distanciou dos restantes favoritos para encetar uma solitária mas corajosa perseguição à frente-de-corrida e concluir no quinto posto. De todos os homens de Flandres, em teoria apenas Boonen e Degenkolb poderão bater-se num sprint com Kristoff. E a todos assustará saber que Kristoff pode resistir a qualquer dificuldade do percurso, ainda que sprintar em Oudenaard e em Roubaix, depois de todo o calvário que estes Monumentos representam, seja bastante diferente de fazê-lo num pelotão compacto embalado por lançadores.
Em 2014 foram 14 vitórias, registo apenas superado por Arnaud Démare (15) e André Greipel (16), e no já corrido de 2015 Kristoff vai em quatro: três no Qatar e uma em Omã. Poderá dizer-se que vencer na Arábia não é o mesmo que vencer na Bélgica, e tal é verdade. Mas muitas vezes vimos Boonen começar no Médio Oriente um caminho para uma Primavera triunfal.
Em 2014 foram 14 vitórias, registo apenas superado por Arnaud Démare (15) e André Greipel (16), e no já corrido de 2015 Kristoff vai em quatro: três no Qatar e uma em Omã. Poderá dizer-se que vencer na Arábia não é o mesmo que vencer na Bélgica, e tal é verdade. Mas muitas vezes vimos Boonen começar no Médio Oriente um caminho para uma Primavera triunfal.
Em qualidade mas sobretudo pelas suas características, Alexander Kristoff lembra-me Tom Boonen nos seus primeiros anos - o mais rápido dos favoritos, ou um dos mais rápidos, mas que nas clássicas corre de modo muito flemish, atacando e respondendo diretamente a ataques, sem se esconder. Mas aos 27 anos que tem agora o norueguês, já Boonen levava um título mundial, um Paris-Roubaix, duas Voltas a Flandres e uma vasta coleção de subidas ao pódio de grandes provas.
No final, são as vitórias que fazem a diferença entre os grandes ciclistas de cada geração e aqueles que perduram entre os melhores da história. Veremos do que é capaz Kristoff no caminho que vai daqui até Roubaix, no dia 12 de abril.
*****
Questões para a Primavera:
Até onde chega Peter Sagan?
Ainda resta uma grande vitória a Tom Boonen?
E se Alexander Kristoff for o homem desta Primavera?
O que falta para Sep Vanmarcke vencer?
No final, são as vitórias que fazem a diferença entre os grandes ciclistas de cada geração e aqueles que perduram entre os melhores da história. Veremos do que é capaz Kristoff no caminho que vai daqui até Roubaix, no dia 12 de abril.
*****
Questões para a Primavera:
Até onde chega Peter Sagan?
Ainda resta uma grande vitória a Tom Boonen?
E se Alexander Kristoff for o homem desta Primavera?
O que falta para Sep Vanmarcke vencer?
Sem comentários:
Enviar um comentário